Quando o assunto é proteger e organizar o patrimônio, o planejamento via holdings é uma estratégia poderosa e, muitas vezes, subestimada. Inspirada na “estratégia do castelo fantasma”, essa abordagem cria uma estrutura jurídica sólida, que protege os bens de ameaças externas e proporciona eficiência na gestão e sucessão.
O conceito é simples, mas estratégico: assim como um castelo fantasma é projetado para parecer inacessível e confundir invasores, a holding organiza os ativos de forma a dificultar ataques jurídicos ou tributários. Seus bens continuam existindo, mas passam a estar “invisíveis” na pessoa física, protegidos por uma estrutura empresarial.
Essa estratégia vai além da proteção. Ao centralizar imóveis, investimentos e negócios em uma holding, é possível reduzir custos tributários, otimizar a sucessão patrimonial e evitar desgastes em inventários. Além disso, o modelo permite uma governança mais eficiente, ideal para famílias ou grupos que desejam preservar e multiplicar seu legado.
No entanto, como todo castelo, a holding precisa ser bem projetada. Cada detalhe — desde o tipo societário até as cláusulas do acordo de acionistas — deve ser cuidadosamente planejado para atender às necessidades específicas do patrimônio e dos objetivos familiares.
O planejamento patrimonial via holdings não é sobre esconder bens, mas sim sobre protegê-los de forma legítima e estratégica. É um investimento que garante segurança, continuidade e eficiência, transformando desafios futuros em oportunidades para construir um legado sólido.
— Warllen Gonzaga, Economista, MSc.